A expressão “Creator Economy” é comumente traduzida para o português como “economia dos criadores”. Este termo refere-se ao ecossistema econômico centrado em indivíduos que produzem e distribuem conteúdo digital, como vídeos, podcasts, textos, arte e música, utilizando plataformas digitais para alcançar e monetizar suas audiências.
Na economia dos criadores, esses indivíduos, mais comumente conhecidos como influenciadores digitais, podem gerar receita de diversas formas, incluindo:
- Publicidade: exibindo anúncios em seus conteúdos;
- Assinaturas: oferecendo conteúdos exclusivos mediante pagamento
- Patrocínios e parcerias de marca: colaborando com empresas para promover produtos ou serviços;
- Venda de produtos e merchandising: comercializando produtos físicos ou digitais relacionados ao seu conteúdo;
- Doações e apoio dos fãs: recebendo contribuições diretas de sua audiência.
Esse modelo econômico vem transformando a maneira como o conteúdo é produzido, distribuído e consumido, permitindo que criadores independentes construam carreiras sustentáveis ao monetizar diretamente suas criações e interagir de forma autêntica com seu público.
Foi para conhecer melhor esse nicho de mercado que a FGV Comunicação Rio, em parceria com a Hotmart, realizou pesquisa sobre “O impacto socioeconômico dos negócios digitais da Creator Economy no Brasil”.
Conduzida entre 26 de agosto e 4 de setembro de 2024, envolveu entrevistas telefônicas com 612 criadores de conteúdo que comercializam produtos digitais na plataforma Hotmart.
O estudo quis estimar o impacto socioeconômico dos negócios digitais na renda de produtores de conteúdo e na geração de trabalho no Brasil nos últimos 12 meses, além de apresentar um panorama desse mercado de trabalho.
Segundo ele, a economia dos criadores de conteúdo registrou crescimento de 30% nos últimos 12 meses, gerando cerca de 390 mil ocupações diretas e indiretas.
As principais motivações para ingressar nesse mercado incluem a busca por novas formas de monetização (33%), aumento de renda (24%), liberdade de tempo (20%), liberdade geográfica (16%) e desejo de empreender (13%).
Cita estimativa que, em 2023, a economia global dos criadores foi avaliada em US$ 127,65 bilhões, com projeção de crescimento para US$ 528,39 bilhões até 2030, num aumento anual de 22,5%.
Para cortar caminho no entendimento, o estudo gerou diversos “insights”, entre os quais destacamos:
►Distribuição Etária dos Criadores de Conteúdo
- Menos de 40 anos: 61%
- Mais de 40 anos: 39%
►Escolaridade dos Criadores de Conteúdo
- Ensino superior completo: 59%
- Pós-graduação, mestrado ou doutorado: 16%
- Outros níveis de escolaridade: 25%
►Motivações para Ingressar no Mercado de Infoprodutos
- Novas formas de monetização: 33%
- Aumento de renda: 24%
- Liberdade de tempo: 20%
- Liberdade geográfica: 16%
- Vontade de empreender: 13%
►Uso de Ferramentas de Inteligência Artificial
- Criação ou edição de imagens: 83%
- Criação ou edição de texto: 80%
- Edição de áudio: 27%
►Perspectivas Futuras dos Criadores de Conteúdo
- Interesse em expandir para produtos físicos: 32%
►Fontes de Renda dos Criadores de Conteúdo
- Venda de produtos digitais como principal fonte de renda: 42%
- Outras fontes de renda: 58%
►Retorno em Faturamento
- Retorno em faturamento dos que têm a venda de produtos digitais como principal fonte de renda: 154% superior.
►Faturamento dos Produtores
- Produtores que abriram empresas: Faturamento duas vezes maior
- Produtores que atuam como pessoas físicas: Faturamento menor (referência)
SERVIÇO
Para conhecer a pesquisa completa clique aqui
Homepage:Imagem de Manfred Loell, gerada por IA.
Imagem dessa página: Franz Bachinger, gerada por IA.
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