Nessa entrevista concedida à Valor Cultural/Marketing Cultural, Leonardo Edde comenta alguns dos aspectos mais relevantes obtidos com o Mapeamento da Indústria Criativa Brasileira, cujos detalhes podem ser vistos em outra matéria publicada nesse canal (link está no final desse texto). Aqui estão quatro trechos em áudio, que foram resgatados para resumir seu pensamento.
Leonardo Edde é Vice-Presidente da Firjan, presidente de seu Conselho de Indústria Criativa e mais uma porção de coisas tais como proprietário da Urca Filmes, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual, Membro da FIPCA, ministra aulas na FGV – Fundação Getúlio Vargas e na AIC – Academia Internacional de Cinema, é jurado do Banff World Media Festival, do FDC (Colômbia) e do Emmy Internacional, Pós-graduado em Management, Produção Executiva e Direito do Entretenimento e cuja formação foi complementada com cursos como Creative Producers (Producer’s Guild of America); Compliance e Eficiência Empresarial (Firjan / IEL); Scrum e BPM (Bridge Academy).
Conversamos durante meia hora e combinamos próximos encontros para trocar ideias e levar aos leitores aprofundamento ainda maior sobre o que de mais importante foi obtido com o recém-publicado Mapeamento da Indústria Criativa Brasileira.
Segundo ele, “esse mapeamento tem um diferencial porque traz uma visão empresarial, além dados super confiáveis, para enfrentar os desafios da indústria criativa. Acho que essa é a evolução desse mapeamento”.
Por ora separei quatro trechos da gravação onde Leonardo resume o conteúdo do documento e ressalta sua importância para formulação de estratégias para políticas públicas.
Trecho 1 – Apresentação do levantamento
Neste primeiro trecho, que pode ser ouvido abaixo, pode-se destacar alguns pontos:
► Não se faz políticas públicas sem dados confiáveis.
► Que o documento não é só um levantamento de dados, pois, diferentemente do levantamento de dados, ele é um levantamento de dúvidas das principais questões da indústria criativa.
► Como todos os conceitos de Economia Criativa se relacionam.
Ouça:
Trecho 2 – Sobre Propriedade Intelectual e Ativo Intangível
Nesse trecho Leonard aborda elementos sobre o que considera o ativo principal da Economia Criativa que é a Propriedade Intelectual. Analisa questões sobre distribuição, novos ambientes e dificuldade para rentabilização, que está se tornando cada mais difícil porque o modelo de negócio digital é diferente do que era o analógico.
Outro ponto é como rentabilizar o ativo intangível e explica por que ele, muitas vezes, é incompreendido.
E toca na questão do Soft Power e como ele, se trabalhado de maneira positiva e consistente, pode gerar desenvolvimento econômico.
Ouça:
Trecho 3 – Economia Intangível, Soft Power e Exemplo Sobre Empresa
O tema principal desse trecho sobre a economia do intangível que, desde antes da Grécia antiga, afirma Leonardo, é soberana. E cita um exemplo de empresa que está completamente fora dessa percepção que é a Petrobras.
“Quando o Soft Power é reverso, como eu chamo, é destruidor também”.
Ouça:
Trecho 4 – Resiliência da Indústria Criativa e o prejuízo para mídia e cultura
Aqui é abordado tema específico que é a cultura, cujo consumo durante a pandemia serviu como um dos pilares para que as pessoas, minimamente, conseguissem uma sanidade mental para atravessar aquele período. Agregado a isso houve um incremento muito grande da parte da tecnologia.
Por outro lado, afirmou, a indústria criativa foi resiliente ao longo dos anos, porém em grande parte disso foi por causa do aumento do consumo de tecnologia, e por outro houve um prejuízo para mídia e cultura, cuja redução praticamente equilibrou a curva. “A gente teve uma curva muito intensiva de tecnologia e uma curva muito negativa da produção cultural, que já se via antes da pandemia, muito por conta da política pública, e depois a pandemia”.
Ouça:
*É Editor-Chefe de VALOR CULTURAL/Marketing Cultural e Perfil de Patrocinadores, que têm entre seus propósitos dar visibilidade a bons projetos ou ações, valorizar empresas que praticam patrocínios conscientes e apontar aquelas que fingem ser o que não são no campo da Responsabilidade Social.
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