A vida não está fácil para veículos como jornais, revistas ou rádios, mas a Internet já faturou 33,5% do bolo publicitário investido via agências em 2021, que atingiu R$ 19,7 bilhões naquele ano. Em 2020 foram R$ 14,2 bilhões.
Os dados obtidos e divulgados em março pelo Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), mostram que a TV tradicional continua sendo o destino principal da verba aplicada por anunciantes, com 51,8% do mercado; só a TV aberta fica com 45,4%, restando aos canais por assinatura 6,4% do total. Isso revela que a aberta recebeu R$ 8,96 bilhões e as fechadas R$ 1,25 bilhão.
Porém os números indicam que a Internet Total, envolvendo todas as mídias desse segmento, está em franca ascensão, com destaque para os displays em redes (Google Ads, por exemplo), seguida da Internet Social, conforme mostrado na tabela abaixo.
Nela se pode observar que a mídia de Cinema está no rodapé dos interesses das agências, mas um posto acima está a Internet Áudio, com 0,2% da fatia do mercado, mostrando que o formato de podcast ainda tem um longo caminho a percorrer na disputa por publicidade.
Também está difícil a vida para a mídia impressa porque, em 2021, os jornais ficaram com apenas 1,9% do bolo publicitário e as revistas menos ainda – 0,4%.
Os dados foram fornecidos por 298 agências de publicidade de todo o país, participantes do Cenp-Meios 2021, e apresentados durante o Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, realizado em março desse ano.
Os dados do Cenp mostraram grande concentração na compra de mídia nacional via agências: 68,6%. Entre as regiões, o Sudeste foi a única que atingiu porcentagem com dois dígitos ao ficar com fatia de 19,1%.
A série histórica completa do Cenp-Meios está disponível no site da entidade https://cenp.com.br/cenp-meio/