É só uma ideia. Suponhamos que você tenha em mãos um baita projeto, já identificou algumas empresas adequadas para patrocina-lo, mas precisa oferecer contrapartidas para elas. Então você pensa em anúncio no Facebook, e-mail marketing, exposição da marca em newsletters, banners, citação do tipo Fulana Apresenta… enfim, aquilo de sempre que Diretor de Marketing já está calvo de saber.
Mas e se você levar uma ideia nova? Disser pra ele que entre as contrapartidas estará a exposição do projeto (e da marca da empresa) divulgada por um influenciador digital? Não sabe bem o que esse sujeito faz? Pois ao final desse post você vai saber direitinho e analisar como encaixar sua ação dentro desse universo. Para isso vamos nos valer de pesquisa elaborada pelos canais Influency.me e da Apex Conteúdo Estratégico.
Ela define influenciadores digitais como “pessoas comunicativas, engajadoras e capazes de influenciar uma grande variedade de pessoas a partir de suas opiniões e pontos de vista. Eles usam sua reputação e credibilidade para expor ideias e impressões em sites, blogs e redes sociais, divulgando produtos, serviços e eventos, seja na internet ou fora dela”.
Marketing de Influência é o nome do jogo. Os brasileiros são grandes consumidores e produtores de entretenimento online. Se antes se vendia conhecimento, hoje se monetizam habilidades em seus canais e redes sociais particulares. Os produtores de conteúdo estão em todas as principais redes como YouTube, Facebook, Instagram, Twitter e, devido ao grande número de seguidores e base de fãs, a publicidade já descobriu uma nova maneira de anunciar diretamente para vários nichos de mercado, usando a reputação dessas celebridades. Homens e mulheres dominam determinados canais.
O percentual de brasileiros que passam mais tempo vendo vídeos online do que em outras mídias saltou de 12% para 30% nos últimos dois anos; de 8 horas semanais dedicadas a isso, agora são 16 horas/semana.
A popularização do smartphones é uma das chaves desse sucesso, pois eles respondem por mais da metade (55%) das horas dedicadas a vídeos na internet.
Por essa característica, o público cria um laço afetivo com o produtor de conteúdo. Os temas abordados fazem com que seu público se identifique com o que estão falando, de forma natural e não mecânica. Isso ajuda a gerar vínculo entre o produtor e seus fãs. A pesquisa foi elaborada pensando na relação entre marca e influenciadores. Quem sabe seu projeto pode vir a ser um elo entre eles?
CUIDADOS – Mas é preciso saber escolher bem. Será necessária uma certa habilidade para identificar aquele influenciador que atinge públicos que podem simpatizar com sua ação e gerar likes e compartilhamentos, e ao mesmo tempo serem irradiadores espontâneos da marca para nichos que ela tem interesse.
Porque os que têm maiores seguidores nem sempre são reconhecidos pelo poder de influência e os vilões são as curtidas compradas e pageviews de sites fantasmas. Importante é observar o engajamento, que pode ser medido pelo número de comentários, quantidade de compartilhamentos e marcações.
O objetivo específico de sua ação de marketing é o que determinará a audiência qualificada para sua campanha e, consequentemente, indicará qual o influenciador que trará os melhores resultados.
Mas saiba que algumas postagens identificadas como patrocinadas recebem 25,3% menos comentários, 12,7% menos likes e 83% menos compartilhamentos. O segredo é produzir um post que não pareça publicidade e nisso um especialista em marketing digital pode lhe ajudar, ou até mesmo o diretor da empresa que vai patrocinar seu projeto. É importante que haja sintonia entre as três partes: proponente/empresa/influenciador.
Porém, tudo isso é muito novo. Esse é um mercado onde pessoas e empresas ainda estão tateando para encontrar as melhores soluções, o que também traz uma vantagem: pode ser um campo aberto para boas ideias.
Quem sabe a sua não pode ser boa?
(Se quiser conhecer toda a pesquisa, clique Aqui)
*É Editor-Chefe da Marketing Cultural Online, agora VALOR CULTURAL.