Eu faço teatro profissional desde 1986. Me formei em psicologia pela PUC de São Paulo e, ainda na faculdade, fundei um grupo de teatro e um cineclube, já denunciando que o meu caminho seria as artes!
Logo no início, cismei que deveria adaptar o livro da Lygia Fagundes Telles “As Meninas” para o teatro. Então, não me lembro como, descobri o endereço dela, lá na rua da Consolação, e a abordei na rua mesmo! Ela olhou pra mim, disse que eu tinha lindos olhos e concordou em assinar a autorização para a adaptação! Montei essa peça com a direção do Roberto Lage e, ao meu lado no palco, Cristina Mullins e Mayara Magri. Estreamos no Rio de Janeiro, com ótimas críticas. Consegui viabilizar a produção com a ajuda do Sérgio Mamberti e um “empréstimo” da Secretaria de Cultura.
Depois, produzi e atuava num espetáculo infanto-juvenil, “Irmão Grimm, Irmão Grimm”, que ficou mais de um ano em cartaz e ganhou vários prêmios, inclusive o de Melhor Produção! E produzi esse espetáculo vendendo espaços no programa da peça! Vendi para a Colgate-Palmolive e Elka Brinquedos. Eu marcava as reuniões com muita insistência, levava a minha pasta com todos os meus trabalhos… E assim conseguia viabilizar o espetáculo!
Uma vez estava conversando com um amigo e autor de teatro carioca numa fila de banco. Pensávamos em produzir um espetáculo diferenciado. Que tivesse Mitologia para crianças.
Saímos da fila com a sinopse pronta. E assim surgiu “Anathron”. Produzi esse espetáculo com o patrocínio da Kibon. Ele ficou entre os dez melhores da década, segundo o crítico Clóvis Garcia!
E vieram muitas outras peças… Consegui o patrocínio da Refinação de Milho Brasil para um espetáculo só com crianças em cena, que dirigi junto com o Marcus Cardelíquio e produzi “A Fuga do Planeta Kiltran”… O Cao Hamburguer, diretor da TV Cultura, foi assistir ao espetáculo e contratou todas elas para fazer o programa de TV “Castelo Ra tim bum”.
Até que resolvi que deveria ter um teatro. Consegui aprovar o Projeto pela Lei Mendonça. Na época todas as reuniões com patrocinadores eram presenciais. Mas o difícil era conseguir marcá-las. Já estava tentando há um bom tempo falar com o diretor de marketing da Coca-Cola, mas a secretária dele sempre me respondia que ele estava em reunião e não podia me atender… Até que tive a ideia de ligar “depois do expediente”. Então ele mesmo me atendeu, marcou a reunião e patrocinou o “Teatro Paulista”!
Lá escrevi “Paixão, Flor de Vênus Furiosa! Produzi e fiz a personagem principal. Consegui o patrocínio da Caixa Econômica Federal. O espetáculo tinha um formato bem original. As pessoas assistiam sentadas à mesa. Participando das cenas. E na inauguração da “taberna”, eram servidas de queijos e vinhos. O Editor da revista Veja gostou tanto do espetáculo, que comprou quase todos para os anunciantes e assinantes da revista!
O meu último espetáculo, “As Encalhadas”, escrevi com uma outra atriz. Nós duas estávamos desempregadas. E eu não tinha nem computador. Ia todas as tardes na casa dela para escrevermos…
Conseguimos que a Bibi Ferreira dirigisse e a Ticket patrocinasse. Estreamos no Teatro Cultura Artística, com críticas excelentes. A Revista Veja deu cinco estrelas para o espetáculo e as filas dobravam a esquina do teatro… Ficamos quinze anos em cartaz, viajando com o espetáculo por todo o Brasil.
Agora moro na Ilhabela. E do lado da minha casa, na Mata Atlântica, construíram o “Teatro dos Vermelhos”, com 900 lugares. Ele não tem paredes e dá para vislumbrar a Mata… Até agora nenhum espetáculo foi produzido lá. Espero que eu tenha esse privilégio…
Estou com um novo projeto teatral, aprovado pela Lei Rouanet, “Semcrise.com” – A Arte de Ser Feliz Com a Idade Que se Tem”…
Trata-se de um espetáculo bastante original. Ele acontece como se o público estivesse numa palestra de autoajuda. Vão existir dois telões com depoimentos de pessoas famosas e não famosas, sobre as crises de idade. É uma comédia dramática psicológica musical, que fala da passagem do tempo, das crises que passamos nos vários estágios de nossa vida e que nos impulsionam para o amadurecimento. E gira em torno desse receio moderno de envelhecer – desde as plásticas e o botox, a ânsia desesperada pelo rejuvenescimento até os conflitos inevitáveis inerentes ao avanço da idade.
O Projeto contará com uma assessoria de imprensa, que será contratada bem antes da estreia do espetáculo, divulgando todas as etapas da produção – desde os ensaios até a estreia em São Paulo, numa temporada de três meses. Se eu tiver o apoio da prefeitura de Ilhabela, faremos uma pré-estreia na ilha, no Teatro dos Vermelhos. E terá um vídeo que documentará todas essas etapas e fará parte de um Site Cultural, que promoverá, desde o início, uma interação com o público.
A temporada de São Paulo conta com a aprovação da Lei Rouanet, no valor de R$ 992.562,00.
Eu também estou com um livro de ficção, um romance de 247 páginas, procurando uma Editora para publicar. O livro conta a história da personagem, dos 14 aos 70 anos, em busca de seu crescimento pessoal.
Ele surgiu a partir de uma experiência própria que tive com um tumor maligno, que sofreu uma regressão, sem que eu tivesse feito nenhuma cirurgia! Quando a personagem tem 14 anos, ela tem um câncer no estômago, onde descrevo esse processo.
Agora com o WhatsApp, a internet, as redes sociais… buscar patrocínio deveria ficar mais fácil, certo? Nana nina não… Quase ninguém atende telefone. Raramente os diretores de marketing marcam uma reunião presencial.
Eu criei uma “Cena” em que estão celebridades como Jung, Simone de Beauvoir, Nélson Rodrigues… junto comigo e um possível patrocinador ou editor para apresentar o projeto de uma forma mais original. Aqueles que leem, me respondem entusiasmados… O problema é que muitos nem respondem. E fico sem saber se devo insistir com o contato ou não!
Estou também em busca de uma editora para publicar um livro de ficção de 247 páginas. O nome dele é “Karma Sutra”. A protagonista, na sua jornada de autoconhecimento, passa por rituais dionisíacos, pelo Tantra, o isolamento num templo budista e o trabalho paciente do crescimento interior. E ainda tem sonhos vívidos e cheios de celebridades com Jung, o Dalai Lama e o próprio Cristo, que dão dicas para ela enfrentar seus problemas. Então, decidida a dar um salto quântico e despertar para uma Consciência mais elevada e o Amor Incondicional, descobre que Eros e a Morte estão em profunda conexão.
Eu enviei o projeto do livro para o Carlos Andreazza, da Editora Record, no formato da “Cena com o Editor” e, depois de meia hora, ele me respondeu:
“Em meus já longos anos como editor, nunca recebi uma mensagem de autor como a sua. A cena é espetacular.. “… mas em seguida ele saiu da editora.
O Marcos Pereira, da Editora Sextante, me respondeu: “Confesso que nunca recebi uma proposta de envio de original tão “original” como a sua.” Mas a publicação acabou não acontecendo.
Outro editor, de uma grande editora, me respondeu que se o livro fosse de autoajuda e não de ficção, ele publicaria…
Diante dessa situação, resolvi procurar uma forma diferente de me comunicar com os possíveis patrocinadores.
E aqui estou eu, narrando a minha saga, para ver se consigo despertar o interesse de algum patrocinador, tanto para o meu espetáculo quanto para o meu livro!
SERVIÇO
E-mail: isabel.scisci@yahoo.com.br
WattsApp: (12) 98135-2887