Esta seção é dedicada a projetos inovadores, que mostrem histórias de perseverança e sucesso.
Poliana Rosa Madureira (Belo Horizonte) tinha apenas sete anos quando preparou o almoço da família pela primeira vez, após ficar observando a mãe cozinhar. Muitos anos depois especializou-se em macarrão na chapa, vendido em barraca de rua, onde o pessoal fazia fila pra garantir o seu. Agora, com a pandemia, entrega seu produto em casa para quem pedir.
Maria da Conceição Melo (Recife) conquistou o marido fazendo guisado de peito de boi. Os dois se conheceram ainda na infância e se aproximaram de novo depois que ela terminou o primeiro casamento. No reencontro, ela cozinhou para ele. “Desde então, nunca mais parou de ligar para pedir meu guisado”, conta. Casaram-se seis meses depois.
O Restaurante e Soparia da Sabbá, no Parque das Laranjeiras, em Manaus, foi batizado com o apelido de Sebastiana Mireide Fabrício de Araújo (Manaus), sua dona e cozinheira principal. Depois de ter restaurante e dar um tempo para cuidar dos filhos, Sabbá resolveu apostar em algo diferente: uma soparia. “Tenho uma criatividade fora do normal. O que eu invento dá certo”. Agora vende receitas próprias de sopa e oferece cardápio variado, que inclui pratos típicos como pato no tucupi e pirarucu à dorê, pastéis e até pizza.
Essas três personagens fazem parte do projeto prioritário da 99Food chamado Cozinheira&Brasileira, feito em parceria com o Instituto Brasil A Gosto, da Ana Luiza Trajano. É uma websérie gravada com cozinheiras de três Estados onde cada episódio tem de 4 a 5 minutos contando um pouco da história de cada uma.
Intenção do projeto é valorizar as raízes brasileiras, a gastronomia local e as jornadas de mulheres empreendedoras que encontraram na comida paixão e profissão.
O Instituto Brasil a Gosto faz a curadoria das receitas de pratos selecionadas pelo 99Food que representam diferentes regiões, todas ligadas às histórias de família e tradição de mulheres que são responsáveis por preparar pratos caseiros que são sucesso na plataforma. Estão disponíveis no portal https://cozinheiraebrasileira.com.br.
PERSEVERANÇA – A história dessas três mulheres tem a marca da perseverança. Trabalhar com comida não era o sonho inicial de Ceiça, como é chamada por quem a conhece de perto. Mais jovem, planejava ser recepcionista ou atendente. Foi Jovem Aprendiz e fez vários cursos, mas nunca conseguiu emprego na área – acabava sempre em uma cozinha, onde foi tomando gosto e aprendendo “aos poucos”. Enquanto se dividia entre a venda de galetos na rua e o emprego de copeira em hospital, cursou gastronomia e começou a vender suas próprias quentinhas.
Passou por altos e baixos, mas conseguiu se organizar para comprar casa e construir uma pequena cozinha industrial, onde, desde junho, prepara as quentinhas que vende pessoalmente, por telefone ou aplicativo. Agora o sonho é outro: fazer pós-graduação em cozinha pernambucana assim que a pandemia permitir.
Poliana conta que tinha apenas sete anos quando preparou o almoço da família pela primeira vez, depois de anos observando a mãe cozinhar. “Ela me mostrava sempre, explicando o que estava fazendo”, conta a mineira, de 41 anos. Até que um dia ficou encarregada de preparar a refeição da casa. Fez arroz, feijão, carne de sol frita na manteiga com cebola e repolho. Aprovada por todos, e especialmente pelo pai, passou a cozinhar com frequência.
Aos 12 anos começou a trabalhar para uma professora, cuidando da casa e do filho da patroa. Foi a primeira de várias. Teve experiência também em bufês e, por 12 anos, cozinhou para a diretoria de uma grande empresa. Desde o início, parou só para cuidar dos próprios filhos (três meninos), ainda pequenos. Ao voltar ao batente, montou uma barraquinha de rua com a irmã mais nova, Veridiana. A especialidade: macarrão na chapa – sucesso da comida de rua belo-horizontina.
Sebastiana de Araújo há oito anos comanda o negócio, tendo a filha mais velha, a fisioterapeuta Gabrielle, de 30 anos, como braço direito. Após ter restaurante e criar quatro filhos, abriu primeiro um restaurante e lanchonete dentro do setor de carga do aeroporto, onde o marido trabalhava.
Manteve o empreendimento por cinco anos, mas resolveu fazer uma pausa para cuidar dos filhos mais novos (são quatro, no total). Quando eles cresceram um pouco, Sabbá retomou o negócio para dar conta das despesas, principalmente escolares. Na época, as crianças saíam da escola e iam ajudar – tirando a mesa, por exemplo.
Hoje um é enfermeiro, o outro, físico médico. Já o caçula, faz doutorado em Minas Gerais. Foram quase duas décadas de restaurante, até que Sabbá resolveu apostar em algo diferente: uma soparia. Na época, conta, havia só outras duas casas com perfil semelhante na cidade. Garante, porém, que seu negócio é inovador.
Para conhecer o depoimento de Poliana Rosa Madureira (Belo Horizonte) clique aqui.
Para o de Maria da Conceição (Recife) clique aqui.
E de Sebastiana de Araujo (Manaus) acesse por aqui.
QUEM É – O app 99Food pertence à empresa global chinesa chamada DiDi Chuxing, mais conhecida como DiDi. É uma plataforma de intermediação de entregas dos estabelecimentos locais.
Desde seu lançamento, em dezembro de 2019, o aplicativo de delivery de comida promove e apoia os pequenos negócios gastronômicos reconhecidos pelo preparo de pratos considerados do dia a dia, muitos destes típicos de suas respectivas regiões.
Mais informações em https://food.99app.com