O Museu da Pessoa é um espaço virtual que visa registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa. Conta com acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros de todas as regiões, idades, classes e atividades. Sua sustentabilidade financeira é mantida através do planejamento e produção de mais de 300 projetos de memória desenvolvidos para instituições e empresas.
Um deles é o Diversidade e Inclusão, onde foram feitos registros audiovisuais de 10 histórias de vida de pessoas que se relacionam com o tema. Como resultado foram montados 10 vídeos curtos e uma série de podcasts.
“Nesta edição, mergulhamos em histórias de vida de pessoas com deficiência que querem ser ouvidas pelo que, simplesmente, são: pessoas. O projeto Diversidade e Inclusão buscou traçar um panorama das vivências também de quem convive e cuida de PCD’s, bem como quem tem a missão de ajudá-los em sua trajetória profissional”, comentou Rosana Miziara, relações institucionais e governamentais do Museu.
Um dos entrevistados foi Ricky Ribeiro, fundador do Mobilize Brasil e portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), que escolheu a Avenida Paulista para seu primeiro passeio com cadeira de rodas motorizada. Esse e outros depoimentos estão disponíveis abaixo.
EY– Esse projeto foi bancado pela EY (Ernst & Young), embora o dinheiro tenha advindo dos benefícios da lei Rouanet, pela qual ele foi enquadrado. Sua colaboração foi de R$ 200 mil.
Embora Maithe Paris, líder em Diversidade, Equidade e Inclusão e Responsabilidade Corporativa da EY para América do Sul, tenha dito que “ficamos orgulhosos em possibilitar o compartilhamento de histórias que inspiram a mudança social que precisamos a fim de que mais empresas e pessoas aliam-se ao propósito de construir um mundo mais inclusivo para todos”, o envolvimento direto com o social não é o que transparece em seu site, onde destaque maior está centrado em meio ambiente.
O que a empresa faz com lei de incentivo é apoiar planos anuais como os do Museu da Pessoa, Museu do Amanhã, Instituto Tomie Ohtake, Fundação Bachiana Filarmônica. Raramente apoia projetos fora dessa linha – exceção foi em 2019 quando destinou R$ 120 mil para o Jazz.Br – O Jazz no Domínio Brasileiro, proposto pela Mississipi Produções.
Em 2021 a EY utilizou R$ 2,2 milhões para apoiar aquelas ações (ainda não há lançamento de 2022), mas segue a mesma linha da maioria das companhias quando se trata de mostrar o que fazem com as leis de incentivo à cultura que utilizam – zero transparência.
A EY é líder global em auditoria, impostos, transações e consultoria, trabalhando com empresas independentes dentro de um mesmo ambiente. Seu propósito é Construir um mundo de trabalho melhor.
Afirma que possui uma meta ambiciosa de impactar positivamente 1 bilhão de pessoas até 2030, através do seu programa de responsabilidade corporativa, EY Ripples, plataforma em inglês que permite que os colaboradores se envolvam em iniciativas comunitárias e sociais mais amplas.
DEPOIMENTOS – As histórias de vida e os episódios de podcast das 10 pessoas entrevistadas foram esses:
Vitor Hugo Saito Silva
André Meira Marinho
Fabiana da Fonseca Montes
Mariana Rodrigues Cerbelheira
Simone Camargo Rocha
Edson Cavalcante Pinheiro
Sônia Maria Alves Souza
Rosângela Ribeiro Mucci Barqueiro
Tiago Henrique de Oliveira Camilo
Luiz Henrique da Cruz Ribeiro (Ricky Ribeiro)
SERVIÇO
A imagem da homepage é de Olinda de Jesus Ribeiro Mucci, mãe de Rosângela Ribeiro Mucci Barqueiro, uma das depoentes.