A Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), em parceria com a organização colombiana Manos Visibles e o Instituto Audiovisual Mulheres de Odun (IAMO), lançaram a segunda edição da FOCO, escola de produção audiovisual que busca capacitar 40 realizadores negros e afroindígenas do Brasil e da Colômbia.
São procurados profissionais com experiência no setor audiovisual ou cultural, interessados em aprofundar conhecimentos em direção, roteiro, curadoria, produção executiva e gestão de políticas públicas.
Com foco na reparação histórica e na promoção de narrativas afrolatinas, a FOCO II visa ampliar a representatividade negra no cinema, rompendo com estereótipos e fortalecendo a liderança cultural em ambos os países. A iniciativa, que oferece formação técnica e um espaço de troca de experiências, será realizada em formato virtual e presencial.
A programação inclui encontros com profissionais do audiovisual negro, abordando temas como dramaturgias negras, pensamento afrodiaspórico e políticas de audiovisual. Os participantes terão a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em áreas específicas e participar de encontros presenciais no Brasil e na Colômbia.
“A FOCO não é apenas uma escola, é um espaço de resistência e criação”, afirma Tatiana Carvalho, presidente da APAN. “Queremos empoderar os realizadores negros e afroindígenas a contar suas próprias histórias e desafiar as narrativas convencionais.”
CONDIÇÕES – Podem se candidatar os que se autorreconhecem como negros e afroindígenas do Brasil ou da Colômbia e sejam maiores de idade. É importante ter alguma experiência no setor audiovisual ou cultural, com comprovação de produção ou participação em projetos nos últimos três anos. Os candidatos devem demonstrar interesse em aprofundar conhecimentos em direção, roteiro, curadoria, produção executiva e gestão de políticas culturais.
É fundamental também ter disponibilidade para participar das aulas, que ocorrerão às terças, quartas e quintas-feiras, das 17h às 19h (Colômbia) e 19h às 21h (Brasil), nos meses de novembro e dezembro. Os candidatos devem ainda possuir as ferramentas necessárias para o desenvolvimento da formação virtual, como computador, tablet ou celular, além de uma conexão à internet ou plano de dados.
Para se inscrever, os interessados devem seguir algumas etapas essenciais. O primeiro passo é ler atentamente o regulamento completo do programa, a fim de assegurar que atendem a todos os requisitos. Em seguida, é necessário reunir uma série de documentos, incluindo uma cópia digitalizada do documento de identidade e vídeos ou links de projetos audiovisuais realizados nos últimos três anos — essa documentação é fundamental para a inscrição.
Além disso, os candidatos devem elaborar uma carta de intenção, onde devem se apresentar e expor suas motivações para aprofundar conhecimentos nas áreas de direção, roteiro, curadoria, produção executiva e gestão de políticas culturais, ressaltando também como pretendem aplicar esses conhecimentos em suas vidas práticas e nas comunidades em que estão inseridos. Por último, é preciso gravar um vídeo de motivação com duração de até um minuto. Se houver dificuldades em anexá-lo ao formulário de inscrição, os candidatos têm a opção de enviá-lo para o e-mail escolafoco@apan.com.br.
Sobre as organizações:
- APAN: Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro, que luta pela inclusão da população negra no setor audiovisual.
- Manos Visibles: Organização colombiana que trabalha para reduzir as desigualdades culturais e econômicas a partir de uma perspectiva racial.
- IAMO: Instituto Audiovisual Mulheres de Odun, sediado no quilombo do Coqueiro Grande, na Bahia, com foco em processos formativos e pesquisas artísticas voltados para a reparação histórica.
SERVIÇO
As inscrições para a FOCO estão abertas desde 17 de outubro e vai até 5 de novembro.
Para se inscrever, acesse os sites https://manosvisibles.org ou https://apan.com.br
Sobre IAMO: https://iamo.org.br/