ABRA Lança Guia Prático Para Orientar Novos Roteiristas

São muitas perguntas respondidas no documento Guias Práticas Para Roteiro de Documentário e Não Ficção, elaborado pela Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa que ouviu profissionais do ramo ao longo de um ano.  Intenção foi oferecer ao mercado audiovisual um norte para as práticas de contratação e atuação de não ficção, da criação à finalização.

Como trabalham as pessoas roteiristas desse segmento?

O que é o roteiro de não ficção?

Em que etapa o roteiro realmente acontece?

Em que formato se escreve?

Só a escrita é o roteiro?

Quanto se deve cobrar pelo trabalho?

Quem recebe o crédito de roteiro em uma produção de documentário e de não ficção?

Quais são as funções possíveis desses profissionais em uma produção?

Quais são as condições contratuais mais favoráveis para esses trabalhadores?

Essa lista de perguntas frequentes que rola nos grupos de WatsApp de profissionais do audiovisual foi respondida por 88 roteiristas que revelaram a nebulosidade existente em torno do processo de trabalho desse profissional.

A chegada dos serviços de streaming no Brasil, o aumento do consumo de conteúdos audiovisuais por smartphones e o consequente crescimento das produções de não ficção – séries documentais, reality shows, programas de variedade, podcasts, vídeos para redes sociais, dentre outros formatos e gêneros e para várias plataformas – aumentaram a demanda pelos autores de não ficção.

Para elaboração do Guia, coordenada por Guilherme Aguilar e Laura Artigas, a metodologia abrangeu três partes:

Pesquisa QuantitavaComposta por 23 perguntas, por meio de formulário virtual, com roteiristas atuantes na área de não ficção. O formulário foi divulgado pela ABRA e pelas suas associadas por meio das redes sociais. Tendo em vista a natureza heterogênea do mercado de não ficção, algumas perguntas do questionário permitiram mais de uma resposta, uma vez que as mesmas pessoas roteiristas poderiam trabalhar de jeitos diferentes de um projeto para o outro.

Pesquisa QualitativaRealizada por meio de conversas com profissionais do mercado. Um total de 16 profissionais de diversas áreas foram entrevistados pelos integrantes do GT: montadoras, diretoras, pesquisadoras, produtoras executivas e podcasters. Todas responderam à mesma pergunta: o que é um roteiro de não ficção?

Monitoramento de ImprensaFoi realizado um levantamento de práticas em sites para entendermos como o roteiro de não ficção é abordado em entrevistas com realizadoras.

Entre as questões levantadas pode-se observar que 70,5% dos roteiristas de não-ficção atuam em vídeos e documentários institucionais/corporativos, 68,2% em séries documentais ou documentários para canais a cabo ou streaming, e que 65,9% costumam balizar seu preço consultando colegas da área.

 

O QUE É O ROTEIRO – Segundo o Guia, roteiro de não ficção é o conjunto das escolhas narrativas. A pessoa roteirista de não ficção é, portanto, considerada peça fundamental para solucionar o quebra-cabeça do conteúdo audiovisual não linear que costuma ser a não ficção.

Seu trabalho não é só feito no papel. Ela escreve na pré-produção, em formatações variadas (duas colunas, texto corrido, master scenes), pode fazer entrevistas e descobrir histórias durante a gravação, analisar e estruturar o material bruto captado na pós-produção, podendo inclusive fazer o roteiro diretamente no software de edição. É uma profissional capaz de construir uma história utilizando diversos suportes e trabalha em parceria contínua com os outros profissionais – produtora executiva, pesquisadora, assistente de direção, diretora e montadora.

Para conhecer a íntegra do Guia clique aqui.

SERVIÇO

Guia de Práticas Para Roteiro de Documentário e Não Ficção, publicado pela ABRA em dezembro/22, com 63 páginas.

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