Vamos Parar de Dar Nossos Livros de Poesia

Fernando Portella*
Conheci Eduardo Martins quando ele buscava parcerias para o crescimento da revista Marketing Cultural, de sua autoria, no Rio de Janeiro. Uma ferramenta fundamental para produtores e artistas, que precisavam construir um mercado sustentável para a arte. Nossa sintonia foi imediata. Como produtor cultural há 35 anos, mais de 100 projetos realizados, afirmo a importância deste novo produto, que nasce com muita experiência e paixão: o site VALOR CULTURAL.

Neste breve artigo vou focar apenas em aspectos genéricos para a nossa reflexão.

Artistas, produtores e patrocinadores, na sua maioria, precisam refletir sobre o “Mecenato”. Palavra romana criada em homenagem a Caio Mecenas (70 ac a 8 ac), amante patrocinador dos poetas e das artes. Adiante a igreja católica assumiu também o papel de Mecenas.

Este ato paternalista se tornou um poderoso MEME no Brasil e em outros continentes. Nos tempos modernos surgiu o “marketing”, palavra desmoralizada pelo marketing político de alguns (marqueteiros), mas fundamental para aproximação da arte com o mercado. Vieram as leis de incentivo (adiante sem contrapartidas para as empresas patrocinadoras). E agora surge uma forte vertente para o apoio a projetos “socioculturais sustentáveis”. Fica a pergunta: as empresas patrocinadoras enxergam a importância da cultura, sem mecenato e paternalismo? Os artistas e produtores acreditam na possibilidade de construção de um mercado autossustentável?

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